sexta-feira, 22 de junho de 2018

Hierarquia Católica



Resultado de imagem para hierarquia catolicaO termo Hierarquia da Igreja Católica usa-se para referir-se aos membros da Igreja Católica que desempenham a função de governar na fé e guiar nas questões morais e de vida cristã os fiéis católicos. A Igreja Católica tem uma estrutura hierarquizada porque Cristo instituiu-a para "apascentar o povo de Deus em seu nome, e para isso lhe deu autoridade". A Igreja é formada por leigos e pelo clero, que é constituído por "ministros sagrados que receberam o sacramento da Ordem", podendo estes dois grupos terem como membros pessoas consagradas.





Episcopado 




O Episcopado católico é formado por prelados, que são os ministros sagrados que receberam a totalidade do sacramento da Ordem, sendo por isso considerados como os sucessores directos dos doze Apóstolos. Exceptuando o Papa, que possui jurisdição universal e suprema sobre toda a Igreja Católica, os prelados podem ter jurisdição ordinária ou não sobre as suas respectivas circunscrições eclesiásticas.


Papa 
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Para os católicos, o Papa é o Sumo Pontífice e chefe da Igreja Católica, o Vigário de Cristo na Terra, o Bispo de Roma e o possuidor do Pastoreio de todos os cristãos, concedido por Jesus Cristo a São Pedro e, consequentemente, a todos os Papas. O Papa é aconselhado e eleito pelo Colégio dos Cardeais e, no governo da Igreja, é assistido pela Cúria Romana. Ele tem a sua sede (a cátedra de Pedro) em Roma e é também periodicamente aconselhado pelo Sínodo dos Bispos.

Entre outras funções, o Papa tem a missão de manter a integridade e fidelidade do depósito da fé, corrigindo se for necessário qualquer interpretação errada da Revelação divina vigente na Igreja. Para tal, convoca concílios ecuménicos ou então exerce pessoalmente a Infalibilidade Papal, que é uma prerrogativa dada aos Papas pelo Concílio Vaticano I. Este direito só pode ser usado para questões de fé e costumes (moral). Na Igreja Latina e em algumas das Igrejas orientais, só o Papa pode designar os membros acima do nível de presbítero.

Todos os membros da hierarquia respondem perante a Santa Sé, que significa o conjunto do Papa e dos dicastérios da Cúria Romana. Toda esta autoridade papal (Jurisdição Universal) vem da fé de que ele é o sucessor directo do Apóstolo São Pedro.


Cardeal 

Os Cardeais, reunidos no Colégio dos Cardeais, são os conselheiros e os colaboradores mais íntimos do Papa, sendo na sua esmagadora maioria bispos. Aliás, o Papa é eleito, de forma vitalícia (a abdicação é rara) pelo Colégio dos Cardeais. Mas, no entanto, o Papa concedeu no passado a presbíteros destacados (por exemplo, a teólogos) lugares de membro do Colégio, após ultrapassarem a idade eleitoral, desde que eles se "distingam em fé, moral e piedade".

Muitos dos cardeais servem na Cúria Romana, que assiste o Papa na administração da Igreja. Todos os cardeais com menos de 80 anos têm o direito de votar para eleger um novo Papa depois da morte ou renúncia (que é rara) do seu predecessor. A cada cardeal é atribuída uma igreja ou capela em Roma para fazer dele membro do clero da cidade, daí nasceu a classificação de:

Cardeal-bispo
Cardeal-presbítero

Cardeal-diácono







Patriarca





Os Patriarcas são normalmente títulos possuídos por alguns líderes das Igrejas Católicas Orientais sui iuris, que, com os seus Sínodos, constituem a instância suprema para todos os assuntos dos Patriarcados Orientais, não excluído o direito de constituir novas eparquias e de nomear Bispos do seu rito dentro dos limites do território patriarcal, salvo o direito inalienável do Papa de intervir em cada caso. Estes patriarcas são eleitos pelos seus respectivos sínodos e depois reconhecidos pelo Papa. Ao todo, existe na Igreja Católica seis Patriarcas Orientais:

Patriarca Católico Copta de Alexandria
Patriarca Católico Sírio de Antioquia
Patriarca Greco-Melquita de Antioquia, Jerusalém, Alexandria, e de todo o Oriente
Patriarca Católico Maronita de Antioquia
Patriarca Caldeu da Babilônia
Patriarca Católico Armênio da Cilícia
Na Igreja Latina, alguns grandes e importantes prelados recebem também o título de Patriarca, apesar de o título ser apenas honorífico e não lhes conferirem poderes adicionais. Logo, eles não têm o mesmo poder do que os Patriarcas Orientais. Entre os Patriarcas latinos contam-se o Patriarca Latino de Jerusalém, o Patriarca das Índias Orientais, o Patriarca de Lisboa e o Patriarca de Veneza.

Os Patriarcas, quer sejam do rito latino ou do rito oriental gozam de precedência, ainda que apenas a título honorífico, relativamente a todos os Arcebispos (incluindo os Primazes). E o seu pronome é " Vossa Beatitude ".





Arcebispo 



Os Arcebispos são prelados que, na maioria dos casos, estão à frente das arquidioceses. Se a sua arquidiocese for a sede de uma província eclesiástica (o que pode não acontecer), eles, que tornar-se-iam em arcebispos metropolitas, normalmente têm também poderes de supervisão e jurisdição limitada sobre as dioceses (chamadas sufragâneas) que fazem parte da respectiva província eclesiástica.

O título de arcebispo metropolita é também dado a alguns líderes das Igrejas orientais sui iuris que, devido ao seu reduzido tamanho, não puderam ser elevados a Arquidioceses Maiores ou a Patriarcados. Existem também algumas Igrejas orientais sui iuris que, não conseguindo satisfazer determinadas condições, tiveram que contentar-se com o grau de Arquidiocese Maior. Para estas Igrejas, o seu governo é entregue a um Arcebispo Maior, que também é eleito pelo seu respectivo sínodo e depois confirmado pelo Papa. Estes Arcebispos maiores são honorificamente superiores do que os demais Arcebispos da Igreja Católica.

Além dos arcebispos metropolitas, existem ainda muitos outros títulos, como por exemplo o título de Arcebispo titular, que é dado a Arcebispos que não têm jurisdição ordinária sobre a sua arquidiocese; e também o de Arcebispo primaz, que é dado a Arcebispos das circunscrições eclesiásticas mais antigas ou representativas de alguns países ou regiões.



Bispo e outros titulos equivalentes 



Os Bispos (Diocesano, Titular, Coadjutor, Auxiliar e Emérito) são os sucessores directos dos doze Apóstolos e, por isso, receberam o todo do sacramento da Ordem. Isto conferem-lhes, na maioria dos casos, jurisdição completa sobre os fiéis da sua diocese. Normalmente, só os bispos diocesanos (e os Eparcas, que é o título equivalente de Bispo nas Igrejas católicas orientais) é que gozam deste poder jurisdicional.

Além dos diferentes tipos de Bispos, existem também vários títulos e cargos que, por lei canónica, são equivalentes ao do Bispo diocesano:

Abade Territorial/Abade
Prelado Territorial
Exarca
Vigário Apostólico
Prefeito Apostólico
Administrador Apostólico
Ordinário militar
Ordinário pessoal
Prelado pessoal
Eclesiástico Superior de uma missão sui iuris

Administrador Diocesano




Presbitrato 





Os Presbíteros (ou padres) são os colaboradores dos bispos e só têm um nível de jurisdição parcial sobre os fiéis. Isto porque eles não receberam ainda a totalidade do sacramento da Ordem. Alguns deles lideram as paróquias da sua diocese e têm vários títulos (uns honoríficos, outros nem por isso), como por exemplo:

Vigário
Vigário-Geral, Vigário Judicial , Vigário-Episcopal,agem em nome e com a autoridade do Bispo Diocesano.
Monsenhor (título honorífico; não confere quaisquer poderes sacramentais adicionais)
Protonotário Apostólico Numerário
Protonotário Apostólico Supranumerário
Prelado de Honra de Sua Santidade
Capelão de Sua Santidade
Cónego
Arquimandrita (apenas um título honorífico usado nas Igrejas orientais sui iuris)
Existem dois tipos de padres: religiosos e diocesanos. Os padres religiosos professam os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. Pertencem a uma Congregação Religiosa, como por exemplo os Franciscanos, Salesianos, Scalabrinianos. Vivem uma Regra de Vida própria, com um carisma e vivem em comunidade e são missionários. Já os padres diocesanos ficam ligado à diocese pela qual foi ordenado. É o colaborador do Bispo diocesano. Não professam os votos. Trabalham quase sempre em sua diocese.




Diaconato 




Os Diáconos são os auxiliares dos bispos e possuem o primeiro grau do sacramento da Ordem. São ordenados para o serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e para tarefas específicas na liturgia. Existem diáconos temporários (Os celibatários que estão se preparando para o sacerdócio) e permanentes ( Homens casados que estão a serviço da Igreja local) segundo rege o Código de Direito Canônico. O ministério do diácono caracteriza-se pelo exercício dos três munus próprios do ministério ordenado, segundo a perspectiva específica da diaconia.

Relativamente ao munus docendi, o diácono é chamado a proclamar a Escritura e a instruir e exortar o povo. Isso é expresso mediante a entrega do livro dos Evangelhos, previsto pelo mesmo rito da ordenação.

O munus santificandi do diácono exerce-se na oração, na administração solene do batismo, na conservação e distribuição da Eucaristia, na assistência e bênção do matrimônio, na presidência ao rito do funeral e da sepultura e na administração dos sacramentais. Faz-se aqui, uma observação importante: sacramentais não são Sacramentos. Sacramentais são benções e objetos utilizados nos sacramentos. São definições diferentes dentro da Igreja Católica. Isto mostra claramente que o ministério diaconal tem o seu ponto de partida e de chegada na Eucaristia e que não pode reduzir-se a um simples serviço social.

Finalmente, o munus regendi exerce-se na dedicação às obras de caridade e de assistência e na animação de comunidades ou setores da vida eclesial, dum modo especial no que toca à caridade cristã. É este o ministério mais típico do diácono.

Um casado pode tornar-se diácono permanente, mas um diácono solteiro (permanente ou temporário) não pode contraír matrimónio.

As características da ministerialidade nata do diaconado são, portanto, bem definidas, como se deduz da antiga praxe diaconal e das orientações conciliares (do primeiro ao último Concílio reconhecido pela Igreja).


Resumindo : 


Episcopado :



Papa -sumo pontífice, bispo de Roma, dirige a Igreja Católica
Cardeais membro do colégio cardinalício, elege o Papa
Patriarcas - prelado de uma Igreja Católica Oriental ou a mais elevada dignidade honorífica para uma diocese ou arquidiocese
Arcebispo primaz - ítulo de honra concedido pelo Papa a alguns prelados, geralmente o arcebispo da arquidiocese mais antiga do país/região
Arcebispo metropolita - dirige uma arquidiocese metropolitana
Bispo diocessano - dirige uma diocese
Prelado - dirige uma prelazia territorial ou pessoal


Presbiterado : 


Monsenhor título de honra concedido pelo Papa
Vigário geral - tem poder executivo da diocese, em nome do bispo
Cônego -vive sob regra de vida, em catedrais e colégios :
                  Arcediago - vigário que administra parte de uma diocese. 
           Decano/Deão -dirige uma universidade católica

                    Mestre-escola - dirige uma escola católica.

Cura - pároco de uma catedral.

Padre/Pároco - dirige uma paróquia
Capelão - padre militar ou que dirige uma capela


Diaconato :



Diácono -recebe o 1º grau da ordem, pode ser casado.





Vida Consagrada :


Prior(esa) - dirige uma ordem religiosa ou um priorado.
Abade/Abadessa - dirige um convento ou mosteiro
Religioso - frei/freira, monge/monja ou frade/frater de um convento ou mosteiro que professou votos perpétuos.
Juniorista-frei/freira, monge/monja ou frade/frater de um convento ou mosteiro que professou votos temporários
Noviço(a) - aquele(a) que se prepara para professar seus votos em uma ordem / congregação.




Leigos:


Acólito - auxiliar dos padres e diáconos nas celebrações litúrgicas e na distribuição da comunhão .
Ministro extraordinário da Comunhão - responsável por ministrar a Sagrada Comunhão Eucarística de forma extraordinária, ou seja, na ausência ou necessidade dos Presbíteros. O ministro ordinário é o Presbítero presidente da celebração da Eucaristia, o primeiro ministro extraordinário é o Padre concelebrante, depois os Diáconos, depois os Acólitos, depois os Sacerdotes presentes, mas não concelebrantes, depois os Leigos devida e previamente preparados para tal honra.
Leitor - leitor dos Textos bíblicos e eclesiásticos nas celebrações litúrgicas .


Fiel - são todos os outros batizados 



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